Batman, Sócrates e Jesus:
buscai primeiro a sua justiça

Nunca deixe Sócrates perguntar ao Batman o que é justo

Um dos motivos pelos quais sou 100% impermeável ao apelo dos quadrinhos e filmes de super-herói é que a obsessão norte-americana com a justiça não faz qualquer sentido para um sujeito nas minhas latitudes. As narrativas de super-herói são ensaios e variações na sondagem dos extremos da aplicação da justiça, e o sertanejo/letão/italiano dentro de mim não consegue conceber exercício mais almofadinha e mais maçante.

Os uniformes e narrativas de origem mudam, mas o arcabouço é o mesmo: o super-herói é compelido a agir porque tem despertado o seu senso de justiça, e este é despertado quando ele entende que a justiça tradicional Continue lendo →

A herança perdida

A história do cristianismo é também a história da dança pública de um número limitado de palavras. É a história de para onde essa inusitada coreografia acabou conduzindo tanto as palavras que estavam dançando quanto as pessoas que estavam ouvindo.

Perdão e poder

Não é de estranhar que Jesus de Nazaré tenha se recusado a reduzir a virtude a um conjunto confortável de regras; não é de estranhar que ele tenha se negado firmemente a indicar que a conduta do reino pudesse ser domada em normas ou esgotada pela obediência passiva. Essas suas cautelas se enquadram de modo natural em seu projeto de rejeitar o uso de qualquer ferramenta de manipulação e de poder. Legislar é poder, legislar é condicionar, e nada está mais distante da postura que Jesus assumiu para si mesmo e sonhou para os seus amigos.

Também não é de estranhar que a igreja tenha ignorado por completo esse sonho de Jesus, tendo Continue lendo →

O custo da oportunidade

A primeira coisa é você não enganar a si mesmo; e ninguém você engana com mais facilidade do que a si mesmo.
Richard Feynman

 

Não entendemos a realidade diretamente, mas intermediada por discursos, preconcepções e filtros – óculos ideológicos que determinadas disciplinas chamam de modelos. Modelos conceituais explicam para nós a realidade mesmo quando não pensamos neles; na verdade, sua eficácia está ligada ao fato de que determinados modelos nos parecem tão naturais que não requerem reflexão. Cremos que estamos olhando o mundo diretamente, e esquecemos que estamos usando os óculos de determinada ideologia.

A história

Este documento contém clipes de áudio que só podem ser ouvidos na página da Bacia na internet.

La storia, Francesco De Gregori | Clique no triângulo para ouvir

A história somos nós, ninguém sinta-se prejudicado
Somos nós este campo de agulhas sob o céu
A história somos nós, atenção, ninguém sinta-se excluído
A história somos nós, somos nós estas ondas no mar,
Este rumor que rompe o silêncio,
Este silêncio tão difícil de relatar


Depositado em juízo por Paulo Brabo · Desde 2004 · Sobre o autor e esta Bacia · Leia um livro · Olhe desenhos · Versões digitais dos manuscritos da Biblioteca do Monastério de São Brabo nas Índias Ocidentais · Fale comigo · A Bacia das Almas não tem fontes confiáveis, mas as informações que nos passam são interessantíssimas (Ashleigh Brilliant)