► Meu novo livro As divinas gerações (e a luta por uma eternidade mais justa) ainda está escoando para as livrarias em sua forma impressa, mas a partir de hoje você pode comprar o seu exemplar na loja online da Livraria Cultura, clicando precisamente aqui.
Amanhã de manhã, como tornei difícil para qualquer um ignorar, é o lançamento em São Paulo da versão impressa de As divinas gerações (e a luta por uma eternidade mais justa) – o livro que você pode até ter lido mas do qual não sentiu ainda o cheiro.
Se fosse para articular o que me deixa agitado com a perspectiva de um evento dessa natureza eu só conseguiria fazê-lo parcialmente, e dizendo desta forma: para um cara como eu/com o meu jeitão/com as minhas limitações/com os meus escrúpulos burgueses não é fácil estar entre gente que me ama tanto conhecendo-me tão pouco.
A condição humana é um saco de contradições, e
As divinas gerações, a nova compilação de artigos da Bacia, com material laboriosamente revisado e textos inéditos para aguçar a sua cobiça, está à venda em versão impressa e digital.
E adia por 16 capítulos o fim do livro.
Um parágrafo de Longe de um Jardim:
E tem oito capítulos. É possível, mas não provável, que você tenha algo melhor para fazer do que ler agora mesmo esses dois parágrafos de Bíblia e contracultura:
“A Palavra se fez carne” é (literalmente) a última palavra da tradição bíblica em sua polêmica contra a civilização. O entendimento de que Jesus é a palavra de Deus encarnada representa o esvaziamento final de significado, a pá final de terra na trincheira divina contra a sofisticação e os supostos confortos da vida civilizada. Se até mesmo o verbo tornou-se carne, o último grande valor da cultura de Israel, isto é, sua familiaridade e seu apego com a palavra,
E tem, acredite, 15 capítulos.
Veja o que têm a dizer esses dois parágrafos de Traga-me um futuro novo:
Esse compromisso com uma onda sem volta de inovação foi, na verdade, articulado em atos pelas testemunhas e em palavras por todos os proponentes do reino. “As coisas velhas já passaram”, decreta o Apóstolo, e celebra ao mesmo tempo a recém-instaurada vertigem: “tudo agora se fez novo”. O livro de Apocalipse descreve a dissolução sistemática (e, em última instância, absolutamente revolucionária) de todas as estruturas de intimidação e de dominação jamais empunhadas pela humanidade, e conclui sua ascensão rumo a uma
E tem cinco capítulos.
O primeiro parágrafo de O pop não poupa ninguém:
A fama é o pecado de se tornar importante para alguém que você não conhece e que não conhece você.
Eu não teria dito melhor.
E é formada por nove capítulos.
Leia aí alguns parágrafos de Perdão e poder:
Deste lado de um rio com dois mil anos de largura, estamos habituados a tomar o anúncio do perdão plenário dos pecados como um dos aspectos mais imateriais e etéreos – um dos aspectos mais politicamente inofensivos – da mensagem de Jesus. Não teríamos como estar mais enganados.
O anúncio da disponibilidade universal da absolvição dos pecados era um golpe que desfechava fraturas profundas nas estruturas sociais, religiosas, econômicas e políticas do mundo de Jesus. Como explicam tão rigorosamente os evangelhos, os representantes do estado de coisas
E não tem menos que 13 capítulos.
Alguns parágrafos de Meu testamento ambiental:
Tenho a impressão de que se a mudança fosse mais gradual a questão não seria capaz de me mover pessoalmente. Fica a dica: se quisessem arruinar o passado e o futuro sem despertar a minha indignação, os poderes deste mundo deveriam ser mais sutis.
E é formada pela acumulação de sete artigos.
Um parágro de A pastoral do medo:
Pelo menos desde a Idade Média o papel da igreja foi fundamental na definição e na propagação de medos expiatórios como esses. Num sentido muito profundo, a igreja vive de elencar os medos que a sociedade deve ter. Coube tradicionalmente a ela fornecer os demônios cuja execração garanta a continuidade do estado de coisas – e resguarde, no mesmo pacote, a influência que a própria igreja exerce sobre as pessoas.
E tem sete capítulos. Uma ou duas sentenças de cada um, de modo a facilitar ou impedir um julgamento precipitado da sua parte:
1. Sexo e poder
Embora por vezes aparente tratar da questão geral da legitimidade dos contatos sexuais (de modo a beneficiar a todos), o Antigo Testamento está essencialmente levantando barreiras sociais que protejam a honra do macho (de modo a legitimar a supremacia do ser humano adulto do sexo masculino). Na esfera do Antigo Testamento a principal função social do sexo era ilustrar uma relação de dominação.